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Retrato no escuro

Tateando na escuridão, tocamos num objeto e criamos a imagem dele. Conforme nossa atenção se desvia para outro objeto, a imagem vai se dissipando, mas ainda permanece na memória até se dissolver aos poucos. A obra “Retrato no Escuro” brinca com o tatear de imagens, sons e sonhos de forma interativa. É um retrato de Ângelo Beck, uma pessoa cega e alguns dos objetos do seu cotidiano. Ilustrada por Júlia Beck e com a programação de Ângelo, este trabalho de cocriação leva o visitante a uma experiência sob a perspectiva da deficiência visual.

Cocriação: Ângelo Beck e Júlia Beck

Técnica: Arte interativa

Ano: 2021

Formosa - Goiás | Marechal Deodoro - Alagoas | Brasil

Os irmãos Ângelo e Júlia nasceram em Florianópolis-SC, ambos com Glaucoma. Cresceram num ambiente de educação Waldorf com pai artista e, por isso, rodeados de possibilidades criativas. Ângelo teve baixa visão pela infância e devido a um acidente na adolescência ficou completamente cego. Júlia tem grau alto em miopia e gradualmente vem perdendo a visão do olho esquerdo. Ângelo toca gaita de boca, violão e teclado; e Júlia toca flauta transversal e violão. A música e as artes em geral sempre estiveram em nossas vidas. Com frequência trocamos impressões, ideias e críticas dos nossos processos criativos e agora é interessante realizar nesta proposta de cocriação, um projeto em conjunto. Ângelo trabalha atualmente no banco Itaú como programador, justamente no setor de acessibilidade. Júlia é artista plástica autodidata e trabalha na empresa aérea Eurowings.

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