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Nesta fotografia, a escultura está à direita, vista do busto para cima. O corpo dela é de papel marrom claro. Ela tem cabelos azuis com detalhes em vermelho, liso, na altura dos ombros, olhos castanhos, nariz fino e lábios vermelhos, grossos. Usa uma blusa do mesmo tom da pele, com detalhe vermelho no peito, ladeado por formas de pássaros pretos e gola vermelha. A escultura está à frente de uma grande planta à esquerda de uma pilastra de tijolinhos marrons.
Silza está ajoelhada entre Helane, à esquerda e a escultura, à direita. Helane e a escultura estão sentadas em cadeiras de rodas. A de Helane é vermelha e a da escultura é cor laranja. Helane é branca. Cabelo curto, liso, preto, olhos castanhos escuros, nariz e lábios finos. Ela usa camiseta de malha e bermuda pretas e um colar colorido, com enfeites brancos, lilás, vermelho e verde. Silza é branca, cabelos longos, castanhos, levemente ondulados. Ela usa macacão cor de vinho sobre camiseta preta. Atrás dela, um globo colorido sobre uma haste de madeira, envolto em dois colares como o que Helane e a escultura usam. Com o braço direito apoiado na cadeira, Helane sorri, com a mão esquerda sobre a cabeça de Silza, que esboça um largo sorriso. A escultura está com as mãos sobre as coxas e uma peça artesanal pintada com um gato preto e branco. Ao fundo, uma parede de pedras cinza, com parte de uma árvore à esquerda e pequenos arbustos à direita.
Nesta fotografia, Helane está à esquerda da escultura, ambas vistas da cintura para cima, encostadas em uma parede de pedras cinza. A escultura é mais alta que Helane e usa um colar como o dela, pendurado do ombro direito para a cintura. Helane e a escultura estão com os braços ao longo do corpo. Helane está com a cabeça inclinada para a direita, pressionando o lábio inferior com os dentes.
Arte é cura

A arte pode curar o planeta. Arte, nutrir e curar  são  essas palavras que inspiraram  este  texto. Nosso duo participa do  projeto Retratos do  Brasil com Deficiência, com um grande desafio: mostrar as possibilidades da arte como nutrição e cura necessárias ao ser, para uma melhor construção de seres íntegros, justos e respeitosos com a terra com o ar, com o fogo, a água, as plantas, os animais  os mananciais lagos e rios e os oceanos. Acreditamos que assim, preservando os ecossistemas e a biodiversidade, estaremos consequentemente respeitando e valorizando a nós mesmos e as pessoas com deficiência. Esse princípio se refletiu na realização da obra, por meio da escolha da reciclagem de materiais, seleção de produtos não agressivos ao meio ambiente e, sobretudo, pela concepção e apresentação estética da obra realizada.

Silza Freire

Cocriação: Helane Alencar e Silza Freire

Técnica: Escultura em papietagem

Ano: 2021

Dimensão original: 1,70m - 5kg (boneca) e 65mm diâmetro (globo)

Brasília - Distrito Federal e Chapada dos Veadeiros - Goiás | Brasil

Helane Alencar A artista Helane de Alencar ama o que faz: arte como forma de expressão e de afirmação identitária. Brasileira, nascida em Belém do Pará, em  20/06/1983, apresentou nos primeiros dias de vida, dificuldades de deglutição e hipotonia dos membros. Diagnosticada com lesão neurológica neonatal (paralisia cerebral), encontrou na mãe adotiva, Elienai Alencar, o coração de um amor incondicional e a mente de uma médica que não mediu esforços para apoiar o desenvolvimento e assegurar a vida da Helane. Com esse apoio materno, Helane desenvolve a autonomia por meio de fisioterapia e medicina integrativa, de forma que ela aprendeu a se locomover com o auxílio da cadeira de rodas e a levantar os talheres com a mão direita.  O lado esquerdo do corpo pouco responde aos comandos do cérebro e apesar das dificuldades físicas, mentais e de fala, a artista Helane de Alencar encontrou na arte sua forma de expressão e de dialogia com o mundo, realizando atividades de artes  circenses, artes plásticas e artes musicais. (Texto escrito por Elienai Alencar)

Silza Freire é artista, figurinista e criadora. Iniciou sua trajetória artística de forma autodidata no ano de 1990. Estudou Design de Moda na Faculdade de Tecnologia AD1, ministrou cursos e oficinas. Por quase três décadas, seu trabalho expõe e afirma de forma criativa e didática, a difusão da sensibilização ambiental da arte que pode curar e da cultura que educa. Seu impulso criativo atinge múltiplas áreas da criação artística como: instalação pública, intervenção performática, criação e elaboração de figurinos, montagem de cenários e exposições. Atualmente é Diretora e responsável do Espaço Ecologia Viva. "Sou natural da via-láctea, nascida no planeta terra. Assim me identifico cidadã planetária.".

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